Anotações de um caderninho espiral

Impressões sobre aquilo que acontece ao meu redor

quarta-feira, 26 de abril de 2006

Um texto ou uma foto?

Passava horas e horas olhando para a mesa onde permaneciam intocados quatro objetos: um caderno, uma caneta, uma máquina fotográfica e um filme colorido de 36 poses. Seu desejo incontrolável de mostrar ao mundo aquilo que o cercava era corroído pela dúvida. Antes de sair por aí anotando suas impressões ou fotografando aquilo que seus olhos absorviam, queria ter certeza se uma descrição era mais forte que uma imagem e vice-versa.

Um dia, cansado de ficar sentado sem ao menos por a mão naquilo tudo, levantou-se da cadeira, respirou fundo e fechou os olhos. Na escuridão dos pensamentos que povoavam sua mente, visualizou um pequeno texto escrito em uma folha de papel já amarelada pelo tempo. Subitamente gritou:


"O tempo congela e o instante se guarda para sempre. A fotografia capta o momento que a literatura não consegue descrever e a literatura descreve o momento que a fotografia não consegue captar.".

quarta-feira, 19 de abril de 2006

Você é parte de mim

Eu sou a coroa
Você é minha cara
Você meu umbigo

E eu sou seu espelho
Você é a vontade e eu o gesto
Você é o limão e eu sou sua raspa

Eu sou o chá, você é a xícara
Você a guitarra e eu o baixo

Eu sou a chuva e você é minhas gotas
Você é o sim e eu a dúvida
Você é o buquê e eu sou as flores
Você é a aorta e eu o coração
Você é o instante e eu a felicidade
Você é o copo e eu sou o vinho
Você, você é a erva e eu o baseado
Você é o vento e eu sou a rajada
Você é a raquete e eu a bola
Você é o brinquedo e eu a criança
Você é o velho e eu o tempo
Eu sou a íris e você é a pupila
Eu sou o tempero, você a especiaria
Você é a água que vem e eu a boca
Você o amanhecer e eu o sol que se põe
Você é o vigário e eu a embriaguez
Você é a mentira e eu a preguiça

Você é o guepardo e eu a velocidade
Você é a mão e eu a carícia
Eu sou o inferno dos seus pecados
Você é o Céu e eu a Terra, hum
Eu sou o ouvido da sua música
Eu sou o sol dos seus trópicos

Eu sou o tabaco do seu cachimbo
Você é o prazer eu sou a censura
Você é a escala musical e eu a nota

Você é a chama, eu o fósforo
Você é o calor e eu a preguiça
Você é o torpor e eu o cochilo
Você é o frescor e eu o temporal
Você é o quadril e eu a cadeira
Você é bemol e eu sou sustenido

Você é o Gordo do meu Magro
Você é o prazer do meu suspiro
Você é o bigode do meu Trotski
Você é todos estilhaços da minha risada
Você é o canto da minha sereia
Você é o sangue e eu a veia
Você é o jamais do meu sempre
Você é o meu amor, você é o meu amor

Eu sou sua coroa
Você minha cara
Você meu umbigo
E eu seu espelho
Você é a vontade e eu o gesto
Você é o limão e eu sua raspa
Eu sou o chá, você é a xícara
Você a prostituta e eu o prostíbulo
Você é o túmulo e eu o epitáfio
E você o texto, eu o parágrafo
Você é o lapso e eu a gafe
Você a elegância e eu a graça
Você é o efeito e eu a causa
Você o divã e eu a neurose
Você o espinho eu a rosa
Você é a tristeza e eu o poeta
Você é a Bela e eu a Fera
Você é o corpo e eu a cabeça
Você é o corpo. Hummm!
Você é a seriedade, eu o desleixo
Você é o policial, eu a justiça
Você é a caça e eu a força
Você é o tédio e eu a inquietude
Você é o muito pouco, eu o muito
Eu o sábio e você o louco
Você é o relâmpago e eu a pólvora
Você a palha e eu a viga
Você é o superego do meu id
É você Caríbdis e eu Cila
Você é a mãe e eu a dúvida
Você é o nada e eu o tudo

Você é o canto da minha sereia
Você, você é o sangue e eu a veia
Você é o jamais do meu sempre
Você é meu amor, você é meu amor



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  • terça-feira, 11 de abril de 2006

    Sono un poeta?

    Per te, il mio cuore è unico
    E il mio amore, infinito.

    Com'è solo tuo il mio cuore,
    Non finirà mai il mio amore.