Anotações de um caderninho espiral

Impressões sobre aquilo que acontece ao meu redor

segunda-feira, 15 de agosto de 2005

A palavra morreu

Quando menos esperava, sofreu um acidente. Canhoto, viu-se com a mão esquerda enfaixada. Não dominava de jeito nenhum a escrita com a direita. Antes do triste imprevisto, ganhava a vida como escritor. Ainda não havia lançado best-sellers, mas vivia com um certo conforto. Obrigado a não exercer mais seu ofício, passava os dias sem escrever uma única palavra. As idéias permaneciam trancadas na cabeça e o papel repousava imaculado sobre a mesa. O tempo passou e o inevitável aconteceu: o papel amarelou e as idéias apodreceram.