Anotações de um caderninho espiral

Impressões sobre aquilo que acontece ao meu redor

quarta-feira, 16 de março de 2005

A verdadeira história do buquê

Por que será que todo mundo quer se casar em maio? Já adianto que a tradição não tem nada a ver com superstições ou motivos religiosos. Para responder à pergunta é necessário viajar no tempo. Na Europa, durante a Idade Média, junho era o mês das noivas. Mas o primeiro banho do ano acontecia em maio. Isso porque, no hemisfério norte, nessa época, o tempo começa a esquentar. Mesmo acreditando piamente que o frescor do banho tomado no mês anterior permanecia, as noivas se precaviam ao levar ramos de flores perfumadas durante a cerimônia para disfarçar os odores desagradáveis que exalavam.

O problema é que os buquês não eram milagrosos o suficiente para garantir um casório cheirosinho. As noivas não sabiam o que era uma escova de dentes, nem haviam sido apresentadas ao sabonete e o referido banho era tomado por toda a parentada em uma única tina enorme cheia de água quente. O chefe da família tinha o privilégio de entrar primeiro na água limpa. Depois, sem trocar a água, vinham, por ordem de idade, os outros homens da casa, logo em seguida, as mulheres, também respeitando a idade, e, por fim, as crianças. O banho dos bebês ficava por último. Quando chegava a vez deles, a água já estava tão suja que não era difícil perde-los lá dentro.

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