Anotações de um caderninho espiral

Impressões sobre aquilo que acontece ao meu redor

sexta-feira, 18 de março de 2005

Do prazer de viajar I

O tempo é relativo durante uma viagem. Curta ou longa, próxima ou distante do ponto de partida, por apenas um instante - cronometrá-lo é inútil - experimentamos sensações que talvez nunca poderíamos ter imaginado sentir antes. Presenciamos cenas que jamais existiriam. O nariz absorve odores que ficariam esquecidos em algum canto do mundo. A língua entra em contato com aquilo que é estranho, mas deixa saudade mesmo sendo agradável ou não para o paladar. Os tímpanos vibram em um ritmo novo de acordo com os sons ou ruídos do lugar. E as mãos ficam marcadas para sempre por aquilo que antes era apenas um objeto inatingível. É fácil esquecer de nós mesmos quando contemplamos imagens, descrições verbais ou escritas. Temos a fantástica capacidade de nos fundir com aquilo que vemos, cheiramos, saboreamos, ouvimos e tocamos. Mas como isso tudo nos transforma?

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