Anotações de um caderninho espiral

Impressões sobre aquilo que acontece ao meu redor

sexta-feira, 14 de julho de 2006

O tombo

Tropeçou. Não sabia se uma pedra ou um buraco havia provocado a repentina falta de equilíbrio. Só percebeu que cairia quando perdeu o controle das pernas e tentou proteger a cabeça com as mãos e os braços. Todo o esforço foi em vão. O cotovelo e a mão direita surportaram o peso do corpo e uma grande ferida apareceu. Pelo menos não fraturou nenhum membro. Mesmo assim, estava sujo. A calça bege agora possuía uma grande mancha acinzentada. Mas o pior era a ferida. Além da dor e do ardor, parte da imundice carregada pelos pés que iam e vinham sem parar naquela calçada se misturava ao sangue e a pele ralada no cimento. Levantou sozinho porque ninguém parou ao menos para rir. Ao dar o primeiro passo, uma chuva forte começou a cair. A água limpou a ferida e o purificou da dor.

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